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Ciência & Hipnoterapia: Unindo Conhecimento e Bem-Estar

A cada ano, a Hipnoterapia tem ganhado reconhecimento crescente como uma prática eficaz para a promoção da saúde mental e do bem-estar.
Essa técnica terapêutica, que utiliza a Hipnose como ferramenta principal, está se consolidando como uma abordagem valiosa e respaldada pela ciência.
Mas o que a ciência diz sobre a Hipnoterapia? E como ela pode ser utilizada de forma eficaz no contexto terapêutico?

A Hipnoterapia é uma terapia que utiliza a Hipnose para ajudar os indivíduos a alcançar um estado de relaxamento profundo e foco concentrado. Durante esse estado, conhecido como transe hipnótico, o paciente é mais receptivo a sugestões positivas, o que pode facilitar mudanças no comportamento, atitudes e percepções.

Diferente do que muitos pensam, a Hipnose não envolve perda de controle ou sono profundo; o paciente permanece consciente e no comando durante todo o processo.

A Base Científica da Hipnoterapia

A hipnoterapia é respaldada por um crescente corpo de pesquisas científicas. Estudos de neuroimagem, por exemplo, mostram que o cérebro em estado hipnótico exibe padrões de atividade distintos, indicando que a Hipnose pode modificar a percepção e a experiência subjetiva do indivíduo. Pesquisas também revelam que a Hipnoterapia pode ser eficaz no tratamento de várias condições, incluindo:

Ansiedade e Depressão: A Hipnoterapia pode ajudar a reduzir sintomas de ansiedade e depressão ao promover relaxamento e reestruturação cognitiva.

Dor Crônica: Técnicas hipnóticas têm sido utilizadas para o manejo da dor, ajudando os pacientes a desenvolver estratégias para lidar com a dor crônica.

Transtornos de Estresse Pós-Traumático (TEPT): A Hipnoterapia pode auxiliar na diminuição de resgate de memórias antigas desagradáveis e outros sintomas relacionados ao TEPT.

Cessação do Tabagismo e Controle de Peso: A Hipnoterapia pode fortalecer a motivação e o autocontrole, facilitando a adoção de comportamentos saudáveis.

Como Funciona a Hipnoterapia?

O processo hipnoterapêutico geralmente envolve várias sessões, onde o terapeuta utiliza técnicas de indução para guiar o paciente ao estado hipnótico. Durante este estado, o terapeuta pode fazer sugestões diretas ou utilizar metáforas e histórias terapêuticas para promover mudanças desejadas. Cada sessão é personalizada de acordo com as necessidades e objetivos específicos do paciente.

 

A Hipnoterapia na Prática Clínica

Muitos profissionais de saúde mental estão incorporando a hipnoterapia em suas práticas clínicas. Hipnoterapeutas qualificados, com formação em psicologia ou áreas afins, podem utilizar a hipnoterapia como uma ferramenta complementar às abordagens terapêuticas tradicionais. É essencial que os profissionais sejam devidamente treinados e que os pacientes escolham terapeutas certificados para garantir a segurança e a eficácia do tratamento.

A ciência está ao lado da Hipnoterapia, validando sua eficácia e desmistificando muitos dos preconceitos associados a essa prática. Ao abraçar essa abordagem terapêutica, estamos, de fato, unindo conhecimento e bem-estar de maneira harmoniosa e inovadora.

 

A Hipnoterapia representa uma interseção fascinante entre a ciência e a prática terapêutica. Ao combinar técnicas milenares de hipnose com a rigorosa metodologia científica moderna, a hipnoterapia oferece uma abordagem única e poderosa para o tratamento de diversas condições. Com o contínuo avanço da pesquisa a Hipnoterapia tende a se tornar ainda mais integrada ao arsenal de intervenções terapêuticas disponíveis, proporcionando alívio e bem-estar a um número crescente de pessoas.

A Hipnoterapia é respaldada por vários conselhos de saúde e associações profissionais ao redor do mundo, que reconhecem sua eficácia e utilidade em diversas áreas terapêuticas. Dentre eles: 

American Psychological Association (APA): A APA reconhece a Hipnose como uma prática legítima e útil na psicologia clínica e encoraja sua utilização como parte de tratamentos psicológicos.

British Psychological Society (BPS): A BPS também apoia o uso da Hipnoterapia e a inclui em suas diretrizes como uma intervenção eficaz para várias condições psicológicas e médicas.

National Health Service (NHS) do Reino Unido: O NHS reconhece a Hipnoterapia como um tratamento complementar válido para algumas condições, como a síndrome do intestino irritável (SII) e a ansiedade.

American Medical Association (AMA): Embora a AMA não tenha uma posição oficial atualizada especificamente sobre Hipnoterapia, historicamente, a organização reconheceu a Hipnose como uma técnica válida desde o final dos anos 1950.

Australian Psychological Society (APS): A APS apoia o uso da Hipnose como uma ferramenta terapêutica útil, especialmente em combinação com outras intervenções psicológicas.

National Institute for Health and Care Excellence (NICE): O NICE, que fornece diretrizes de saúde no Reino Unido, recomenda a Hipnoterapia como uma opção de tratamento para a síndrome do intestino irritável em seus guias clínicos.

American Society of Clinical Hypnosis (ASCH): A ASCH é uma organização profissional dedicada à educação e promoção da hipnose clínica. Eles fornecem certificações e treinamento para profissionais de saúde.

No Brasil, o Ministério da Saúde reconhece a Hipnoterapia como uma prática integrativa e complementar. Em 2018, a Hipnoterapia foi incluída na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde (SUS). Essa inclusão reflete o reconhecimento oficial de sua eficácia e utilidade no tratamento de diversas condições de saúde.

A PNPIC visa ampliar o acesso da população a tratamentos que utilizam abordagens integrativas e complementares, promovendo uma visão holística do cuidado à saúde. A hipnoterapia, juntamente com outras práticas como acupuntura, homeopatia e fitoterapia, está disponível em algumas unidades do SUS, oferecendo uma alternativa ou complemento aos tratamentos convencionais.

Essa política é baseada em evidências científicas que comprovam a eficácia dessas práticas em melhorar a qualidade de vida dos pacientes, promover o bem-estar e contribuir para o tratamento de diversas condições físicas e emocionais. O reconhecimento pelo Ministério da Saúde fortalece a credibilidade da hipnoterapia e incentiva a formação de profissionais qualificados para oferecer esse tipo de tratamento no contexto do sistema público de saúde.

Essas organizações baseiam seu apoio na evidência científica acumulada ao longo dos anos, que demonstra a eficácia da hipnoterapia em diversas áreas, como o manejo da dor, tratamento de fobias, transtornos de ansiedade, controle de hábitos e comportamentos, e muito mais.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece a hipnose como uma prática válida e eficaz em determinadas condições clínicas. Embora a OMS não tenha uma posição específica sobre a hipnoterapia de forma ampla, ela inclui a hipnose em suas discussões e publicações sobre terapias complementares e integrativas.

A OMS tem incentivado a integração de práticas tradicionais e complementares nos sistemas de saúde de seus países membros, reconhecendo que essas práticas podem desempenhar um papel significativo na promoção da saúde e no tratamento de doenças. Em vários documentos e relatórios, a OMS menciona a hipnose como uma técnica que pode ser útil para o manejo da dor, controle de hábitos e tratamento de certas condições psicológicas.

A inclusão e o reconhecimento pela OMS ajudam a fortalecer a credibilidade da hipnoterapia como uma prática complementar válida, incentivando pesquisas adicionais e a formação de profissionais qualificados para sua aplicação segura e eficaz.

Portanto, embora a OMS não tenha uma declaração específica exclusivamente dedicada à hipnoterapia, ela reconhece a hipnose dentro do contexto mais amplo das práticas integrativas e complementares, promovendo seu uso baseado em evidências científicas e boas práticas clínicas.

Embora a hipnoterapia não seja a solução para todas as condições, seu reconhecimento por essas entidades renomadas destaca seu valor como uma ferramenta terapêutica complementar eficaz quando conduzida por profissionais devidamente qualificados.

Créditos:
Luciene Lima,
Terapeuta Integrativa, Psicanalista, Hipnoterapeuta Clínica
Fotos: Pexels, Pixabay

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