Hipnoterapia para Esclerose Múltipla

O que é Esclerose Múltipla?

A esclerose múltipla (EM) é caracterizada pelo ataque do sistema imunológico à cobertura protetora das fibras nervosas (conhecida como mielina) no sistema nervoso central. É um distúrbio neurológico crônico que causa uma ampla gama de sintomas, incluindo fadiga, dificuldade para caminhar, dormência, fraqueza muscular e problemas de coordenação e equilíbrio. O distúrbio da Esclerose Múltipla não se limita apenas ao cérebro, mas também dificulta a medula espinhal responsável pela transferência dos sinais do cérebro para outras partes do corpo. A doença pode afetar pessoas de todas as faixas etárias e dificultar o desempenho de diferentes funções rotineiras do corpo pela pessoa afetada. Os sinais e sintomas do distúrbio podem variar dependendo do paciente e da gravidade da doença. Os danos causados pela doença podem ser diferentes para cada paciente. Algumas pessoas podem não conseguir andar adequadamente ou precisar de apoio enquanto caminham, enquanto outras podem enfrentar problemas durante os movimentos das mãos. Infelizmente, não existe uma cura adequada para o distúrbio. Tratamentos e medicamentos podem ajudar a diminuir e controlar os sintomas do distúrbio. O tratamento adequado e oportuno é essencial para manter os sintomas sob controle e evitar maiores danos causados pela doença. (1)

Causas da esclerose múltipla

A causa exata da esclerose múltipla (EM) ainda é desconhecida, mas acredita-se que envolva uma combinação de fatores genéticos e ambientais. A resposta anormal do sistema imunológico, possivelmente desencadeada por uma infecção viral ou outros fatores ambientais, leva à inflamação e danos à cobertura protetora (mielina) das fibras nervosas do sistema nervoso central. O sistema imunológico danifica a camada protetora gordurosa das fibras nervosas. Interrompe os sinais que o cérebro envia para uma determinada parte do corpo, levando ao não funcionamento dessa parte do corpo. O mau funcionamento do sistema imunológico ataca imediatamente as fibras nervosas da medula espinhal em caso de mielina danificada. Os sinais enviados pelo cérebro são retardados ou obstruídos. Os pesquisadores ainda não conseguem identificar por que a EM ataca certas pessoas. Reduzir os sintomas da doença é um passo vital no tratamento da esclerose múltipla. Às vezes, a genética e as questões ambientais podem contribuir para as causas da doença. Deficiência de vitamina D, certas doenças autoimunes, idade, sexo, tabagismo ou infecção específica também podem ser indicadas como causas prováveis da doença. (1a)

Tida como uma das doenças mais comuns do sistema nervoso central, a Esclerose Múltipla (EM) atinge aproximadamente 2,8 milhões de pessoas em todo o mundo, e, no Brasil, aproximadamente 40 mil pessoas.  Manifestando-se de modo diferente em cada pessoa, é possível classificar tipos de Esclerose Múltipla. Veja abaixo os tipos: 

Tipos de Esclerose Múltipla

De acordo com o Dr. Marcos Alvarenga (2), os tipos de EM se dão em função da área de inflamação do cérebro. Com base nessa diversidade de quadros clínicos, a doença é dividida em três tipos, caracterizados de acordo com o grau de evolução dos surtos:

ESCLEROSE MÚLTIPLA REMITENTE RECORRENTE (EMRR)
Também chamado de surto de remissão, é o tipo mais comum de Esclerose Múltipla. Caracteriza-se pela ocorrência de surtos súbitos, que duram mais de 24 horas e que tem sua recuperação total ou parcial, em dias ou semanas.

ESCLEROSE MÚLTIPLA PRIMÁRIA PROGRESSIVA (EMPP)
Neste tipo de Esclerose Múltipla o paciente não apresenta surtos, mas há uma progressão de sintomas, podendo deixar sequelas ou não.

ESCLEROSE MÚLTIPLA SECUNDÁRIA PROGRESSIVA (EMSP)
A evolução da doença acontece lenta e progressivamente, com quadro inicial de surtos e remissões. Com o passar dos anos, há uma piora significativa dos sintomas, sem que haja, necessariamente, novos surtos.

ESCLEROSE MÚLTIPLA PROGRESSIVA RECORRENTE (EMPR)
É o tipo mais raro de Esclerose Múltipla. O paciente apresenta progressão de sintomas desde o início do diagnóstico e os surtos acontecem ao longo da evolução da doença.

Sintomas da Esclerose Múltipla

De ordem variada, por conta da localização e gravidade de cada caso, os sintomas da EM também têm duração diferenciada.

Dados da Mount Sinai (3) informam que os sintomas variam porque a localização e a gravidade de cada ataque podem ser diferentes. Os ataques podem durar dias, semanas ou meses, podendo ser seguidos de remissões, em cujos períodos os sintomas são reduzidos ou ausentes.  Febre, banhos quentes, exposição solar e estresse podem desencadear ou piorar as crises.

Os nervos de qualquer parte do cérebro ou da medula espinhal podem ser danificados. Por causa disso, os sintomas da EM podem aparecer em muitas partes do corpo.

Sintomas musculares:

  • Perda de equilíbrio
  • Espasmos musculares
  • Dormência ou sensação anormal em qualquer área
  • Problemas para mover braços ou pernas
  • Problemas para caminhar
  • Problemas de coordenação e de fazer pequenos movimentos
  • Tremor em um ou mais braços ou pernas
  • Fraqueza em um ou mais braços ou pernas

Sintomas intestinais e da bexiga:

  • Constipação e vazamento de fezes
  • Dificuldade em começar a urinar
  • Necessidade frequente de urinar
  • Forte vontade de urinar
  • Perda de urina ( incontinência )

Sintomas oculares:

  • Visão dupla
  • Desconforto ocular
  • Movimentos oculares incontroláveis
  • Perda de visão (geralmente afeta um olho de cada vez)

Dormência, formigamento ou dor:

  • Dor facial
  • Espasmos musculares dolorosos
  • Sensação de formigamento, rastejamento ou queimação nos braços e pernas

Outros sintomas cerebrais e nervosos:

  • Diminuição da capacidade de atenção, mau julgamento e perda de memória
  • Dificuldade em raciocinar e resolver problemas
  • Depressão ou sentimentos de tristeza
  • Tonturas e problemas de equilíbrio
  • Perda de audição

Sintomas sexuais:

  • Problemas com ereções
  • Problemas com lubrificação vaginal

Sintomas de fala e deglutição:

  • Fala arrastada ou difícil de entender
  • Dificuldade para mastigar e engolir

A fadiga é um sintoma comum e incômodo à medida que a EM progride. Muitas vezes é pior no final da tarde.

 

(Fonte: Sistema de Saúde Mount Sinai)

Diagnóstico da Esclerose Múltipla

Difícil de ser diagnosticada, é importante prestarmos atenção a sinais relativos à visão dupla, turva ou à perda dela, além das alterações no controle urinário, fraqueza nos membros inferiores, entre outros.

A busca por um clínico geral e,  em seguida, por um neurologista (geralmente indicado pelo clínico geral) pode facilitar o diagnóstico, pois este profissional indicará exames que permitem a identificação da EM logo no começo.

Há informações de que a faixa etária em que a doença é mais comum é entre os 20 e os 50 anos, sendo duas vezes mais frequente em mulheres. Em relação à raça/etnia, há uma menor incidência na população afrodescendente, oriental e indígena. (4) 

Recebido o diagnóstico da EM, o neurologista avaliará o quadro clínico indicando medicamentos e tratamentos multidisciplinares, como cuidados com a alimentação, fisioterapia e até psicoterapia.

Fui diagnosticado…e agora?

Com os avanços na área da medicina e nas opções terapêuticas, cada vez mais as pessoas que recebem o diagnóstico de Esclerose Múltipla têm a oportunidade de levar uma vida considerada normal. Isso engloba a possibilidade de constituir família, exercer atividades profissionais, praticar exercícios físicos e até mesmo conduzir veículos. Entretanto, é crucial destacar que a viabilidade de realizar essas atividades pode variar significativamente, dependendo do tipo e da intensidade dos sintomas associados à EM.

Desse modo, o acompanhamento médico é essencial e o uso das Terapias Integrativas Complementares (PIC’s) funcionam como um facilitador para o tratamento médico, agilizando o efeito positivo contribuindo para a qualidade de vida da pessoa com EM. 

Neste sentido, a Hipnoterapia tem sido amplamente utilizada e com resultados favoráveis.  

Hipnoterapia, abordagem terapêutica de cunho científico

A Hipnoterapia, terapia realizada com o uso da Hipnose, tem se mostrado um método poderoso no controle da dor, redução de ansiedade e mudança de postura emocional.

Diversas pesquisas e trabalhos têm sido produzidos avaliando criticamente as alterações funcionais na atividade cerebral através do uso da Hipnose.

Bases de dados como a Cochrane, Embase e Medline via PubMed, têm sido construídas e revisadas com rigor científico de modo a identificar evidências de alterações funcionais na atividade cerebral usando a Hipnose.

As amplitudes de sobressalto da eletromiografia (EMG) resultam em maior atividade na área frontal do cérebro; amplitudes usando Potenciais Relacionados a Eventos Somatosensoriais (SERPs) mostraram resultados semelhantes. As oscilações da atividade θ na eletroencefalografia (EEG) estão positivamente associadas à resposta à hipnose. Os resultados do EEG mostraram maiores amplitudes para indivíduos altamente hipnotizáveis no hemisfério esquerdo. Menos atividade durante a hipnose foi observada na ínsula e no córtex cingulado anterior (ACC).

Fonte: NIH (5)  

Diversas pesquisas clínicas, principalmente norte-americanas, relatam alterações na atividade cerebral (informações funcionais, metabólicas e estruturais) em hipnose através de vários métodos de imagem, como EEG (eletroencefalografia), fMRI (ressonância magnética funcional), fNIRS (espectroscopia no infravermelho próximo), PET (tomografia por emissão de pósitrons), tomografia computadorizada, etc. (6)

Dessa forma, pesquisas continuam sendo realizadas demonstrando a eficácia da Hipnoterapia para o tratamento de diversas questões mentais, emocionais e até físicas, incluindo doenças autoimunes, entre elas a Esclerose Múltipla.

Reconhecimento dos resultados breves e eficazes

Seguindo diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS) e órgãos governamentais pertinentes de diversos países, a Hipnoterapia foi reconhecida pelo Ministério da Saúde no Brasil em 2018.

Com o reconhecimento, a Hipnose é regulamentada como uma PIC (Prática Integrativa Complementar) para uso inclusive através do Sistema Único de Saúde (SUS) devendo ser realizada por profissionais qualificados. 

O Ministério da Saúde no Brasil se refere à Hipnoterapia como: um conjunto de técnicas que, por meio de intenso relaxamento, concentração e/ou foco, induz a pessoa a alcançar um estado de consciência aumentado que permita alterar uma ampla gama de condições ou comportamentos indesejados, como medos, fobias, insônia, depressão, angústia, estresse e dores crônicas. Pode favorecer o autoconhecimento e, em combinação com outras formas de terapia, auxilia na condução de uma série de problemas.

Junto com esse reconhecimento, diversos conselhos federais de saúde passam a validá-la como abordagem complementar (7). Desse modo, profissionais como hipnoterapeutas (psicoterapeutas integrativos), médicos, dentistas, psicólogos, enfermeiros, fisioterapeutas, farmacêuticos e fonoaudiólogos – até agora –  podem utilizá-la de modo terapêutico a fim de auxiliar seus clientes/pacientes. 

O estresse e a dor crônica são os fatores que mais influenciam a qualidade de vida e o bem-estar das pessoas com EM, sendo que 90% dos adultos com EM sofrem de fadiga persistente. Esses sintomas podem estar associados a outros distúrbios, como a depressão, e os tratamentos medicamentosos proporcionam conforto inadequado para a maioria das pessoas que os sofrem.
O tratamento hipnótico é uma terapia eficaz que tem impactos benéficos na intensidade da dor percebida, no bem-estar psicológico, nos transtornos de humor e na fadiga e, além disso, melhora significativamente o funcionamento físico em pacientes com esclerose múltipla. Os mesmos efeitos não foram obtidos com outras técnicas não farmacológicas.

Fonte: PubMed, National Library of Medicine, Maio/2023 (8)  

Por que a Hipnoterapia funciona? 

Atuando no nível chamado de subconsciente, por conta do estado de relaxamento no qual a pessoa mergulha, a Hipnoterapia traz à tona símbolos, padrões comportamentais mecânicos/automáticos, clareza, lucidez e, consequentemente, a melhora daquilo que se está tratando através desta abordagem.
As crenças e comportamentos consequentes delas são reestruturados e há uma melhora de 30 a 100% nos sintomas ancorados neles.
Junto à prática da Hipnose em si, há técnicas utilizadas através da Hipnose, como, por exemplo, técnicas de movimento ocular (EMDR), regressão na linha de tempo, resolução de conflitos interiores e de traumas subjugados intelectivamente que ainda existem emocionalmente, ancoragem de novas visões/perspectivas, programação/reestrura de novas crenças e comportamentos, além do acompanhamento do terapeuta realizando ajustes conforme se comunica com seu cliente entre uma sessão e outra.

Questões como emoções reprimidas, medo de se impor, de dizer não, de fracassar, necessidade de provar o próprio valor, a construção emocional de uma história pessoal incompleta por conta da ausência de pessoas ou de situações…todos estes elementos estão em nossa história de vida. E a simples mudança e/ou reconstrução ou criação de perspectivas pessoais diferenciadas podem melhorar a qualidade de vida do individuo.

Não é uma terapia de pensamento positivo, tampouco uma terapia que implica em mudar a realidade física com o chamado poder da mente. É muito mais e bem mais sutil do que isso. Trata-se de uma jornada de autodescoberta em termos de descortinar aspectos pessoais entrando em contato com emoções sobre as quais nem se havia pensado.

Não se trata de assumir culpas alheias ou de entrar em situações de perdoar aqueles com quem possamos ter problemas. Trata-se de galgar espaços em si mesmo, ampliando a noção da liberdade enquanto se deixa de lado a toxicidade limitada à qual a maioria de nós está condenada se não ousarmos trabalhar nossa criatividade.

Cada pessoa haverá de encontrar a causa pela qual promove um estado mental, emocional e físico como forma de ancorar a criação da qual pretende se livrar. No entanto, mais do que buscar motivos, a Hipnoterapia nos conduz a criar bases seguras a fim de criar padrões menos limitadores.

Programas de Hipnoterapia
Protocolos, métodos, organização, resultados

Cada questão – seja emocional, mental/comportamental ou física – demanda no que é chamado de programa, ou protocolos. Através dos programas de tratamento é possível lidar com protocolos pertinentes às questões tratadas. Com a Esclerose Múltipla, o funcionamento é o mesmo. É assim que pessoas como Eva M Clark, Terapeuta Integrativa de Santa Cruz, CA/USA, criou o Programa de Hipnoterapia para Esclerose Múltipla.

Com a aplicação do programa, ela criou uma série de eventos terapêuticos como a intenção de  “revisar a literatura, tanto pesquisas, livros e cursos sobre hipnoterapia para EM e doenças autoimunes, entrevistar hipnoterapeutas da área já bem-sucedidos na melhora dos sintomas de EM e então testar essas técnicas em voluntários com diagnóstico de EM para avaliar a abordagem hipnoterapêutica mais eficaz. O objetivo deste estudo foi projetar um Programa de Hipnoterapia para Esclerose Múltipla.”, conforme diz em seu artigo  ‘A Eficácia da Hipnoterapia no Tratamento da Esclerose Múltipla’ (9)

Não houve grupo controle. O primeiro grupo de voluntários monitorou diariamente seus próprios sintomas, recebeu 12 sessões em um período de 6 meses; o segundo grupo também recebeu 12 sessões, acompanhou diariamente os seus próprios sintomas e preencheu o questionário MS Quality of Life-‐54 na primeira e na última sessão. O terceiro grupo foi formado por membros do primeiro e do segundo grupo que concordaram com 6 sessões adicionais para testar ainda mais as técnicas de hipnose, bem como integrar o aprendizado das sessões em seu comportamento e estilos de vida.

Resultados: Todos os três grupos apresentaram melhora em sintomas como incontinência, fadiga, dor, nível de ansiedade e depressão e aumento na capacidade de ficar em pé ou andar por longos períodos de tempo e andar sem ajuda. Aqueles que realizaram 18 sessões tiveram maior melhora dos sintomas. Estas melhorias foram verdadeiras tanto para as formas remitentes como progressivas de EM, casos recentemente diagnosticados e aqueles com mais de 35 anos de sintomas debilitantes.

Conclusão: Os resultados mostram que o programa de hipnoterapia elaborado a partir deste estudo pode reduzir os sintomas físicos e mentais da EM. Este estudo também levou à conclusão de que a hipnoterapia mais eficaz para a EM precisa fornecer ao cliente meios para controlar e reduzir seus próprios sintomas, mas, para melhorias sustentadas, seria necessário trazer à consciência do cliente e depois transformar os padrões mentais específicos. para pessoas com EM. O tratamento destes padrões parece ter um efeito direto e sustentado nos seus sintomas.

Fonte: Eva M Clark, A Eficácia da Hipnoterapia no Tratamento da Esclerose Múltipla, Research Gate 

 

A memória do repetir o estado de agravo

Algumas perspectivas/formas de conceber e conceituar o tratamento com a Hipnoterapia traz a informação, obtida das observações tecidas em torno da  neurologia,  que coloca a o individuo produzindo dores que estão sendo reescritas neurologicamente e, por isso, fortalecidas. O mesmo se dá para quaisquer outros desconfortos relacionados à Esclerose Múltipla, bem como para outras questões autoimunes.

A Hipnoterapia atua de modo direto nesta questão à medida em que, ao colocar o sujeito no estado/mentalidade da Hipnose, lhe convida a acessar instâncias mentais onde estes estados não são construídos.  Desse modo, o indivíduo se ambienta e fixa as condições desejadas percebendo estes estados mais pressentes em sua rotina diária.

Como funciona?

Assim como no Programa de Hipnoterapia para Esclerose Múltipla, a Hipnoterapia é realizada quinzenalmente ou até mesmo semanalmente – a periodicidade depende bastante do modo como trabalha o Hipnoterapeuta e a necessidade do cliente/paciente, além da forma de trabalho, já que há sessões que são gravadas e o indivíduo pode escutar a sessão na semana em que não está realizando a sessão de modo direto com o  psicoterapeuta.

Após ser conduzido para o estado de relaxamento, o Hipnoterapeuta aplica a técnica através da indução e das sugestões visando o bem-estar do cliente/paciente.  A chamada reprogramação mental/emocional ocorre desse modo. 

As sessões costumam durar algo em torno de 1 a 2 horas, podendo ultrapassar essa quantidade de tempo de acordo com a forma como o trabalho é conduzido e do modo como o Hipnoterapeuta trabalha. 

O acompanhamento do terapeuta em relação a seu cliente/paciente é crucial para um bom resultado. E outro detalhe pertinente, e igualmente importante, é que o Hipnoterapeuta que utiliza a Hipnoterapia Cognitivo Comportamental, isto é, a Hipnoterapia que utiliza a abordagem da Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) costuma ter resultados bem mais rápidos ainda. Isto porque a Hipnoterapia é reconhecidamente uma terapia relacionada a cognição e comportamento. 

Algumas questões nas quais a Hipnoterapia pode ajudar pessoas com Esclerose Múltipla

– Auxilia no gerenciamento da fadiga, das alterações sensoriais e cognitivas
– Fortalece a confiança e segurança pessoal
– Amplia o senso de independência e autonomia  
– Atua como mecanismo para combate à dor
– Melhora a qualidade do sono
– Ajuda a dissolver a ansiedade 
– Colabora para com o relaxamento reduzindo níveis de estresse 
– Auxilia em problemas urinários e intestinais
– Atua na disfunção sexual

É para o resto da vida?

A Hipnoterapia é a terapia que utiliza a Hipnose como instrumento-mestre e realizada por um profissional. Logo, ela pode – ou não – ser para o resto da vida.

Fato é que, quando você e/ou seu Hipnoterapeuta, perceber que você pode dar conta de suas demandas por conta própria, o profissional lhe mostrará como você pode praticar a auto-hipnose. E aí você é quem dá o tom da frequência. 

E você poderá utilizar a auto-hipnose para a EM e/ou para qualquer outra questão que considerar pertinente, assim como faz Jessie Ace e com resultados muito positivos – você pode ler o artigo que ela escreveu clicando aqui (10). 

Além do crescente aumento de pessoas utilizando a Hipnoterapia para a EM, é possível, através de uma boa busca na Internet mesmo, encontrar muitos neurologistas norte-americanos e brasileiros que têm optado por esse tipo de tratamento. O futuro da Hipnoterapia, desse modo, continua sendo promissor. 

Eu não quero/não posso fazer a Hipnoterapia agora!  

Independente do motivo pelo qual você não possa/não queira realizar a Hipnoterapia, lembre-se, você pode buscar conhecimento sobre auto-hipnose e/ou dedicar-se a aprender mais sobre a Esclerose Múltipla participando de grupos com pessoas que tenham problemas similares aos seus ou, até mesmo, estar em contato com grupos que pratiquem outras atividades que contribuam para com o seu bem-estar. 

Obter conhecimento, fazer amigos, comprometer-se com sua qualidade de vida…isto pode ser um grande diferencial no manejo das condições de EM. 

Agosto Laranja 

Segundo a Lei federal 11.303/2006, o Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla é celebrado em 30 de agosto. A data é fruto do trabalho da ABEM (Associação Brasileira de Esclerose Múltipla) com a intenção de oferecer mais visibilidade à EM  e os efeitos na vida não apenas dos portadores, mas também de quem vive com pessoas com EM.

Para além de celebrar a data, a conscientização visa a realização de projetos de Lei que facilitem a vida dos portadores de EM. 

Através do site da Câmara Municipal de São Paulo, por exemplo, é possível ter conhecimento sobre diversos Projetos de Lei em andamento e até os que já foram aprovados. 

 

Para este artigo foi produzido um áudio que é uma “Sessão de Hipnose para Restabelecer Conforto na Esclerose Múltipla”. Clique aqui e acesse o áudio do mês de agosto/2023. 

Créditos:
Luciene Lima,
Terapeuta Integrativa, Psicanalista, Hipnoterapeuta Clínica
Fotos: Envato Elements

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